Ópera de Oslo / Snohetta

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  • Arquitetos: Snohetta; Snohetta
  • Área Área deste projeto de arquitetura Área:  38500
  • Ano Ano de conclusão deste projeto de arquitetura Ano:  2007
  • Fabricantes Marcas com produtos usados neste projeto de arquitetura
    Fabricantes:  Bosvik AS, Buchele, Campolonghi, ES-System, Falcon Lifts, Frapont, Glatz, Inotec, Ludvig Svensson, Naturstein Montering AS, Nicopan, RMIG, Ruukki, SML Lighting AS, Stretch Ceilings, Vestre

Sobre o Cliente da Construção e o Usuário

Statsbygg é o maior gestor de propriedade civil da Noruega, com 650 funcionários. É o principal consultor do Estado nas questões de construção e propriedade, desenvolvimento e gestão. Statsbygg é uma empresa de gestão sob o Ministério da Renovação e Administração, mas fornece serviços e apoio a todos os ministérios e órgãos do Estado.

Em 1998, a Assembleia Nacional decide que o Statsbygg seria o cliente da construção da nova ópera, responsável pelo planejamento e gestão. Statsbygg adquire serviços no setor privado, mas são responsáveis pela coordenação e pelo controle de qualidade dos consultores, prestadores de serviços e fornecedores.

O Norwegian Opera and Ballet é o usuário final do edifício. Eles são a maior instituição musical e teatral da Noruega. Seu objetivo principal é ser o produtor nacional de ópera, balé, música e teatro de dança e concertos. Eles pretendem ter aproximadamente 300 shows e 250 mil visitantes por ano. A ópera será um local de trabalho para cerca de 600 funcionários de mais de 50 profissões.

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Descrição do Arquiteto

A ópera é a realização de um projeto vencedor de concurso. Quatro diagramas, que foram parte da proposta, explicam o conceito básico da edificação.

"A parede em onda"

Ópera e balé são formas de arte jovens na noruega. Estas evoluíram em um cenário internacional. A península Bjørvika é parte de uma cidade portuária, que, historicamente, é o ponto de encontro com o resto do mundo. A linha divisória entre o chão "aqui" e a água "lá" é um limiar tanto real quanto simbólico. Este é realizado como uma grande parede na linha em que a terra e o mar se encontram, a Noruega e o mundo, a arte e a vida cotidiana.

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"A Fábrica"

Um edital detalhado foi desenvolvido como uma base para a competição. O Snøhetta propôs que as instalações de produção da ópera deveriam ser realizadas como independentes, uma "fábrica" racionalmente planejada. Esta fábrica seria tanto funcional quanto flexível durante a fase de planejamento e durante o uso. Esta flexibilidade provou ser muito importante durante a fase de planejamento: um número de salas e grupos de salas foram ajustadas em colaboração com o usuário final. Estas mudanças melhoraram a funcionalidade das edificações sem afetar a arquitetura.

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"O Carpet"

O edital do concurso estabelecia que a ópera deveria ser de alta qualidade arquitetônica e monumental em sua expressão. Uma ideia destacou-se como a legitimação desta monumentalidade: O conceito de união, propriedade conjunta, acesso para todos de maneira fácil. Para alcançar a monumentalidade baseada nestas noções nós quisemos fazer uma ópera acessível no sentido mais amplo possível, ao definir um "carpet" de superfícies horizontais e inclinadas no topo da edificação. Foi atribuída uma forma articulada para este carpet, relacionada com a paisagem urbana. A monumentalidade é alcançada através de uma extensão horizontal, não uma vertical.

A base conceitual da competição e o edifício final são uma combinação destes três elementos - A parede em onda, a fábrica e o carpet.

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Situação Urbana

A ópera é o primeiro elemento da transformação planejada desta área da cidade. Em 2010 o tráfego intenso ao lado da edificação será movido para um túnel sob o fiorde. Devido à seu tamanho e expressão estética, a ópera irá se destacar dos outros edifícios da área. O telhado revestido de mármore forma um grande espaço público na paisagem da cidade e do fiorde.

A área pública da ópera está virada para o oeste e para o norte - enquanto que, ao mesmo tempo, o perfil do edifício é claro de uma grande distância do fiorde para o sul. Visto do castelo Akershus e da malha da cidade, a edificação cria uma relação entre o fiorde e o monte Ekerberg ao leste. Visto da estação central e da praça Chr. Fredriks a ópera chama a atenção com uma inclinação que enquadra a borda leste da vista do fiorde e de suas ilhas.

A construção conecta a cidade e o fiorde, a urbanidade e a paisagem. Para o leste, a "fábrica" é articulada e diversificada. Podem ser vistas as atividades no interior do edifício: salas de ensaio de balé nos níveis superiores, oficinas no nível da rua. A futura conexão para uma nova, animada e cheia de vida parte da cidade dará um sentido maior de urbanidade.

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Colaboração com artistas

Para o Snøhetta, uma colaboração próxima com artistas sempre foi uma parte importante dos projetos de edificação. Tão cedo quanto a etapa de competição, artistas foram convidados como colaboradores, e desejavam continuar isso desde o início da fase de projeto. Snøhetta tentou evitar que os artistas aplicassem uma "decoração" na arquitetura, preferindo permitir um diálogo aberto entre artistas, artesãos e profissionais com diferentes abordagens para importantes elementos de construção. Com a Ópera, o arquiteto teve a intenção que tanto o grande telhado revestido em mármore e as fachadas revestidas de alumínio deveriam ser abordados como um empenho colaborativo. Uma colaboração inicial foi estabelecida para o telhado e com os artistas: Kristian Blystad, Kalle Grude e Jorunn Sannes. Um ano mais tarde, de acordo com as diretrizes para projetos de construção financiados pelo Estado, uma comissão de obras de arte integradas foi criada. Este comitê contratou os artistas Astrid Lovaas e Kirsten Wagle para colaborar com o projeto dos elementos de revestimento de metal.

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Escolha de materiais

Os materiais, com seu peso, cor, textura e temperatura próprios, tem sido vitais para o projeto do edifício. A arquitetura do Snøhetta é narrativa. São os materiais que formam os elementos que definem os espaços. É o encontro destes materiais que articula a arquitetura através dos vários detalhes e precisão.

Na Ópera, três materiais principais foram especificados já na proposta do concurso: Pedra branca para o "carpet", madeira para a "parede em onda", e metal para a "fábrica". Durante o trabalho continuado no projeto, um quarto material, o vidro, que permite a exposição do que há abaixo do "carpet", recebeu atenção especial.

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Pedra

Após uma concorrência internacional, o mármore italiano, La Facciata, foi escolhido. Esta é uma pedra que, junto com os outros mármores, retém seu brilho e cor mesmo quando molhado. Possui a qualidade técnica necessária em termos de estabilidade, densidade e longevidade. O produtor, Campolonghi, teve a habilidade, capacidade e experiência profissional necessária para realizar o grande e complexo projeto.

A área acessível do "carpet" é de aproximadamente 18.999 m². Seu projeto detalhado foi importante: o arquiteto pretendia que este elemento não interferisse na forma geral da edificação, mas que fosse articulado o suficiente para que fosse interessante de perto.

Em conjunto com os artistas diversas alternativas foram propostas antes de um particular padrão não repetitivo com áreas em relevo, cortes especiais, diversas texturas na superfície e detalhes específicos fosse projetado para articular a geometria principal.

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Madeira

O carvalho foi escolhido como material dominante tanto para a "parede em onda" quanto para o auditório principal.

Na parede em onda ele possui uma superfície clara e variada. O carvalho é utilizado por todos os pisos, paredes e tetos. A perede em onda possui uma geometria complexa feita de formas em cone unidas. Também é um importante atenuador acústico dentro do espaço do foyer. Para alcançar estes objetivos, é feito de elementos menores que podem lidar com a mudança da geometria e fornecem absorção acústica.

Dentro do auditório o carvalho foi escolhido por diversas razões: é denso, fácil de dar forma, estável e tátil.

O carvalho foi tratado com amônia para dar um tom mais escuro. Aqui o carvalho também é usado para os pisos, paredes e tetos, além de frentes das varandas e refletores acústicos.

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Metal

Uma Ópera é projetada e construída para ter uma vida útil longa. O que significa que um revestimento simples e moderno de metal, associado à fábricas e oficinas, precisa ser reavaliado e reprojetado.

Após considerações de estética, longevidade, maleabilidade e a possibilidade de fazer um painel bastannte achatado, o alumínio foi escolhido. Para dar a estes painéis mais qualidade, um processo colaborativo foi iniciado com dois artistas.

A equipe de projeto inicialmente visava por uma modularidade industrial mas os painéis deveriam ter uma maior qualidade visual. Eles foram perfurados com segmentos esféricos convexos e formas cônicas côncafas. O padrão foi desenvolvido pelos artistas baseado em técnicas antigas de tecelagem.

Ao todo, oito painéis diferentes foram projetados, o que fornece um efeito de mudança constante dependendo do ângulo, intensidade e cor da luz que os atinge.

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Vidro

A fachada de vidro alta sobre o foyer possui um papel dominante nas vistas do edifício a partir do sul, oeste e norte. No início da etapa de projeto percebeu-se que ela seria mais importante do que presumido anteriormente, tanto no dia quanto durante a noite ela iria funcionar como uma lâmpada iluminando as superfícies externas.

A fachada de vidro possui 15 metros de altura. Foi a intenção dos arquitetos de projetar uma construção de vidro com o mínimo possível de colunas, caixilhos e reforço de aço. A solução foi a de usar aletas de vidro onde a fixação de aço é prensada como um sanduíche dentro dos laminados.

Estes requisitos para a rigidez do vidro aumentaram devido ao desejo por painéis maiores e junções finas onde os painéis se encontram.

Vidro grosso deste tipo tende a ser mais esverdeado do que transparente. Foi decidido então que a fachada da Ópera usaria vidro com baixo teor de óxido de ferro.

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Solução da planta, arranjo geral

A construção é dividida em duas por um corredor que vai de norte à sul, a "rua da ópera". À oeste desta linha estão localizadas todas as áreas públicas e de palcos. A parte leste da edificação abriga as áreas de produção que são mais simples em forma e acabamento. Compreendendo em 3 a 4 pavimentos acima do nível do solo. Há também um nível no subsolo - U1 - abaixo desta parte da construção. A área sob o palco fica a 3 níveis mais abaixo.

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A parte oeste da edificação

A praça revestida de mármore leva os visitantes para o foyer e para outras áreas públicas. Uma entrada secundária na fachada norte dá acesso direto para o restaurante e foyer. Ao sul, o foyer se abre para o fiorde interior de Oslo e vistas para a ilha Hovedøya. Para o oeste e norte são as vistas da cidade que dominam, enquanto os auditórios ficam à leste. Até 1900 pessoas podem estar dentro das salas da edificação. 1400 no auditório principal, 400 no palco 2 e 150 na sala de ensaio 1, que funciona também como um teatro caixa-preta.

Há um restaurante informal à sul do foyer, um restaurante à norte e diversos bares que podem funcionar separadamente das performances. Funções de serviço como espaços educativos, chapelarias, banheiros, balcões de informação/ingresso e diversas salas menores estão localizadas ao redor do foyer. A partir dele, no nível do solo, e das galerias públicas, é dado acesso aos auditórios.

A grande área de palcos ocupa uma parte significante da edificação. Aqui está o palco principal (16 m x 16 m) com uma área abaixo do palco com 11,8m de profundidade, dois palcos laterais e dois palcos de fundo, além de sala de cenário e loja. Há uma altura livre de no mínimo de 9 metros por todas essas áreas. O local de armazenamento da cortina de fundo se localiza acima do palco de fundo. O cenário concluído de diversas performances e atos podem ficar prontos nos palcos de fundo ou laterais ou abaixo do palco. Além disso, a grande sala de ensaio é diretamente conectada com as áreas de palco e pode fornecer mais local para o armazenamento do cenário se necessário.

A sala de ensaio da orquestra - um espaço sensível acusticamente - está localizado na parte oeste da edificação - no subsolo. Este salão é o espaço mais importante de ensaio para a orquestra e pode também ser usado para fins de gravação. O requisito para uma acústica variável é alcançado através do uso de painéis ajustáveis e cortinas. A sala pode atingir acústica semelhante a do auditório principal. Uma passagem do foyer, ao longo da fachada sul, leva para a sala de ensaios 1 permitindo que ela seja utilizada como espaço público de performance.

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A parte leste da edificação

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À leste da "rua da ópera" estão localizados todas as áreas de produção e administração; aproximadamente 1000 salas de vários tamanhos e funções. A rua da ópera é a principal artéria de comunicação para todos os funcionários - quase 600 pessoas de mais de 50 profissões.

Uma grande plataforma de carga de leste à oeste corta os fundos da área de alojamento em duas. Aqui também, as dimensões do espaço são dadas pelo tamanho dos elementos do cenário, que podem ser de até 9 metros de altura.
Ao norte situam-se as "oficinas rígidas" onde os cenários são feitos. Diversas profissões tem seu local de trabalho aqui, carpinteiros, metalúrgicos, pintores e decoradores. O cenário finalizado é então movido através da plataforma de carga diretamente para a área de fundo do palco.

No sul estão todas as outras funções necessárias para servir às necessodades dos dançarinos e cantores: "Oficinas suaves" com a produção de figurino, perucas, chapéus, luvas e áreas de maquiagem. Também a administração e os vestiários estão localizados aqui. Um pátio verde espaçoso está no coração desta área nos níveis U1 e no térreo. A maioria dos vestiários abrigam quatro artistas com todo o figurino necessário e maquiagem para cada show. As salas também pretendem ser um local de relaxamento e concentração e por isso são equipadas com sofás-camas.

Os departamentos de ópera e balé possuem diversas áreas grandes para ensaio nesta área, nos níveis 3 e 4, é possível transportar os cenários da plataforma de carga até os espaços de ensaio no nível 3 através de um elevador com uma altura livre de 6 metros. A maior das salas de ensaio possui uma altura de 9 metros e é tão grande quanto o palco principal. Isso permite aos dançarinos praticarem uma performance completa. Todos estes espaços possuem paredes com tratamento acústico. Também há um número de pequenas salas de ensaio no nível 2.

Os cabeleireiros, maquiadores e costureiros localizam-se mais próximos do palco no nível 1 (térreo). Daqui os artistas podem acessar as áreas de palco no nível do solo ou a partir do subsolo.

No segundo nível há os arquivos variados, escritórios, e funções de suporte para a orquestra, bem como um centro de saúde e academia.

O nível 3 abriga o departamento de administração com uma grande cantina ao sul com um terraço com vista para o fiorde.

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O auditório principal

O auditório principal é um teatro em formato de ferradura clássico, construído para o ópera e balé. Abriga aproximadamente 1370 visitantes divididos entre cadeiras, térreo e três terraços. Os espaços técnicos ocupam a área acima do terraço 3.

O poço da orquestra é altamente flexível e pode ser ajustado em altura e área com a utilização de três elevadores separados.

De cada lado do palco existem torres móveis que permitem ajustes na largura do proscênio para o balé ou ópera sem danificar a acústica do salão. O tempo de reverberação é bem ajustado utilizando cortinas ao longo das paredes de fundo e salas de controle para som e luz estão localizados nos fundos do salão.

A forma do auditório é baseada em diversas relações: curta distância entre a audiência e os artistas, boas vistas, e, acima de tudo, acústica excelente. As intenções arquitetônicas para um auditório moderno com performances musicais acústicas tradicionais foram desenvolvidas em paralelo com requisitos para intimidade visual e excelência acústica. Em Óperas antigas a atenuação acústica era alcançada, muitas vezes, utilizando decorações ricas, elementos esculturais na maioria das superficies. Neste caso os requisitos foram alcançados com uma estética limpa, esculpida, utilizando a linguagem formal moderna.

O requisito para um longo tempo de reverberação resulta em uma sala com um grande volume. Neste caso o volume é aumentado pelo uso de uma galeria técnica que fica em balanço em relação às paredes abaixo, dando ao salão uma seção com um formato em T. A estrutura principal do telhado revestido de pedra acima é incluído no volume do salão ao invés de ser escondido atrás de um teto falso.

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A otimização da acústica foi alcançada através dos seguintes métodos:

• Nós, também como uma jogada estética, demos às varandas uma geometria que muda conforme sua localização na sala e com a funcionalidade acústica necessária em cada local. Nas laterais a forma reflete o som para baixo em direção à audiência enquanto que nos fundos o som é enviado para diversas direções para que não ocorra a concentração em um só local;

• O refletor oval do telhado encerra visualmente o salão e também reflete o som em maneiras bastante específicas. O mesmo princípio é utilizado nas varandas;

• As paredes ao fundo, a cada nível, são feitas de painéis convexos para evitar a concentração e ajudar a espalhar o som uniformemente pelo salão;

• A geometria das paredes intermediárias, refletor principal da orquestra, e as torres móveis são moduladas de forma a dispersar o som pelo espaço. A utilização de aduelas de madeira de diferentes dimensões modula o som de diferentes comprimentos de onda;

• Toda as superfícies são de materiais relativamente densos para evitar as vibrações de alta frequência. As varandas são feitas com carvalho sólido com 50 mm onde os painéis da parede de fundo são feitos com MDF de 100 mm com verniz de carvalho.

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A curvatura dupla das frentes das varandas e o anel ovalado do telhado são feitos de elementos pré-fabricados de carvalho colados juntos, tratados com amônia e encaminhados a partir de desenhos em 3D feitos por computador antes de serem lubrificados e polidos. A cor escura é particularmente adequada ao espaço do teatro e o carvalho passa uma sensação de riqueza, aconchego e intimidade ao espaço.

Os assentos são projetados para absorver o mínimo possível de som. Materiais como madeira escura e um tecido laranja especialmente projetado são utilizados como contraponto. Telas de exibição de texto são construídas nas costas dos assentos para que a audiência possa escolher individualmente ler o libreto em diversas línguas. O auditório é iluminado por um candelabro projetado pelo Snøhetta na forma de lentes superficiais além de encaixes de LED embutidos no teto e no solo.

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O candelabro

O candelabro, que é suspenso dentro do refletor oval, é um elemento importante no salão já que executa diversas tarefas. É a principal fonte de iluminação do auditório, utilizando LED pela primeira vez em tal cenário. Pesa 8,5 toneladas e possui um diâmetro de 7 metros. É feito de 5.800 cristais feitos à mão dos quais 800 luzes LED brilham. Isto banha a sala com luz fria difusa. Todo o candelabro pode ser abaixado até o chão para que seja realizado algum tipo de manutenção.

Também é um importante refletor acústico. Isto explica a forma particular que difunde e espalha o som. A distância entre as faixas de cristais aumenta em direção ao palco para garantir que uma quantidade maior de som ultrapasse e então contribua para a reverberação do espaço. Ele é posicionado à frente do centro para permitir uma vista sem obstáculo a partir da sala de refletores até a parte traseira do refletor oval. Finalmente, ele forma um fechamento visual do próprio salão para tirar a atenção dos espaços técnicos e da estrutura acima.

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A cortina do palco

A cortina do palco é também um importante elemento no auditório. Junto com o candelabro e tecido do assento, é um contraste para com a madeira escura. Foi feito pela artista americana Pae White, após uma competição internacional. Ela trabalhou com imagens digitais de folhas de alumínio que refletem a adotam as cores do auditório. Estas imagens são então transferidas para um tear orientado por computador.

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Palco 2

O palco 2 pode, dependendo da configuração de assento escolhida, abriga uma audiência de até 400 pessoas. Será usado tanto para a ópera e balé quanto para funções como banquete, concertos de rock, performances experimentais e teatro para crianças. É um salão multiuso onde os assentos podem ser reposicionados em diversas configurações diferentes. Há dois grandes elevadores que formam um anfiteatro, o fosso da orquestra e vagões com assentos de transporte para o depósito no subsolo.

A área que normalmente é o palco é feita com elementos de piso removíveis. O auditório possui um extenso sistema de polias motorizadas para pendurar e transportar o cenário, panos de fundo e refletores acústicos quando necessário. Portões deslizantes de 9 metros de altura conectam a área do palco com os bastidores e armazém de cenários. O tempo de reverberação no salão pode ser amortecido para performances amplificadas.

O cliente pediu um auditório com a flexibilidade de uma caixa-preta mas com um tanto de qualidade arquitetônica e identidade. Estes requisitos são geralmente considerados como mutualmente exclusivos, mas após reuniões com o usuário final, uma solução foi encontrada, a de que a caixa-preta possui uma estrutura interna contrastante, de alta qualidade e autônoma.

Este "objeto" possui painéis arredondados, de brilho elevado e avermelhados no exterior e um acabamento em prata metálico em direção ao palco.
Quatro pontes técnicas situam-se ao longo do espaço em local elevado, abrigando a iluminação, ventilação e formando um importante telhado visual e acústico.

Entre as colunas, grandes portas pintadas de preto e painéis removíveis são utilizados para ajustar às diferentes configurações. Estes painés também receberam tratamento acústico.

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Planta de Localização

Interiores

O exterior da Ópera se torna difuso conforme a noite chega. A grande "parede em onda" no foyer é iluminada e a construção assume um caráter completamente diferente. O interior se torna a fachada. Ele mostra o quanto interdependentes são o interior e o exterior da edificação.

As ideias e conceitos arquitetônicos da construção também foram usados em seu interior. A tarefa incluía um planejamento considerável do interior baseado na relação das salas, funções, cores, materiais e tratamentos de superfície, coordenando com esquemas de luzes, instalações técnicas, mobiliário embutido, áreas molhadas, soluções de cozinha, elevadores, utensílios e equipamentos.

Engloba também o projeto e a coordenação do equipamento do usuário final e do mobiliário solto. Uma cooperação entre várias disciplinas arquitetônicas foi vital.

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Planta Baixa 01

Conceito de interiores, espaços públicos

A experiência do exterior da edificação claramente requer que os interiores sejam igualmente de alta qualidade arquitetônica.

Ao entrar no edifício se é encaminhado, primeiramente, para o local mais baixo do telhado inclinado. Onde se encontra com o chão.

Esta área é utilizada para a chapelaria pública, onde colunas finas seguram os casacos dos visitantes. Mais além no foyer, quatro volumes seguram o telhado. O revestimento perfurado e iluminado destes é outro exemplo de obra de arte integrada, neste caso feita por Olafur Eliasson. Estas formas brancas abrigam os banheiros públicos. Avançando para o espaço aberto do foyer, percebe-se uma expansão branca do telhado inclinado segurada por colunas brancas anguladas que se encontram em aglomerados no nível do solo.

A grande escadaria se desenvolve na parede de madeira e leva para três galerias ao redor do auditório. Providenciando acesso para os níveis superiores do hall. O interior da parede amadeirada passa uma sensação íntima em contraste com o foyer branco e aberto. A luz escura leva a audiência para o coração da edificação. O auditório principal. O sentimento é de se estar dentro de um pedaço de madeira esculpido, ou talvez no interior de um instrumento musical.

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Planta de Cobertura

Mobiliário e equipamento das áreas públicas

O interior, da chapelaria até o auditório, pode ser descrito como uma jornada formal que leva o visitante do aberto desconhecido até o fechado e seguro. O nível de abstração que se é visto nos espaços exteriores tornou natural minimizar o número de elementos construtivos e detalhes reconhecíveis.

Ao mesmo tempo foi um objetivo claro que os elementos do mobiliário usem a mesma linguagem de projeto que o edifício como um todo.

Grandes elementos como balcões de, equipamentos de loja, balcão de tickets e os interiores do café são integrados em formas maiores da edificação ou projetadas como formas esculturais livres em corian branco. Estes podem ser completamente fechados quando não estão em uso.

A chapelaria e o foyer são mobiliados usando assentos de forma simples e mesas altas feitas de placas de aço revestidas com laca preta com borracha industrial. O estofamento é de feltro e pele de ovelha. A sinalização utiliza as mesmas superfícies de aço escuro e vidro branco completas com um número dos elementos do interior.

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Detalhe

Mobiliário das áreas de produção

Estas áreas são projetadas em torno da ergonomia, funcionalidade e experiência. As oficinas são salas racionais onde a logística da mecanização domina o design. Oficinas de peruca e maquiagem foram realizadas com estações de trabalho especialmente projetadas com módulos específicos para os requerimentos dos usuários. O departamento de fantasias, que é um espaço agitado, cheio de atividade, foi projetado de forma específica para sua logística complexa.

As três formas de arte: Balé, ópera e orquestra possuem seus requisitos para vestiários cumpridos com mobiliário padronizado mas construídos propositadamente. Contudo, a orquestra possui um espaço maior, com vestiário para 10 pessoas com área para os instrumentos, descanso e troca de roupa antes da apresentação, em meio a acessos compartilhados para banheiros e chuveiros. O balé, coro e solistas possuem vestiários menores, para 4 ou 6 pessoas com locais específicos e chuveiros compartilhados com a sala vizinha.
Para o balé estas salas funcionam como uma sede em um dia cheio, com treino e ensaios. Todos os vestiários são especialmente projetados com mobiliário padronizado, mesas de maquiagem, sofás-camas e armários. Uma grande quantidade de trabalho foi realizada para projetar os espaços de ensaio para os diferentes grupos. Estes são espaços de trabalho importantes, com acústica, ventilação e iluminação otimizadas. A intenção era a de providenciar um espaço de alta qualidade, a parede acústica com painéis contribui particularmente para isto.

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Detalhe

Uso do material nas áreas de produção

O edital para estas áreas deveriam ser simples e de baixo custo. O espaço foi trabalhado com paredes pintadas e piso de linóleo. Isto trabalha bem como um fundo neutro para as fantasias coloridas e elementos do palco da ópera que animam os espaços. A paleta de cores é, portanto, simples e neutra. O pátio aberto forma um ponto de referência central para as áreas de produção, e para os corredores que a circundam é dado uma cor escura para permitir uma orientação mais fácil.

As salas de ensaio possuem características diferentes para o balé, ópera e coro. Os espaços do primeiro são claros e arejados com vistas para o fiorde e sul. Enquanto o espaço do último é mais introvertido, com a luz do sol de uma clarabóia voltada para o leste. Envolvendo experiência musical. Cores e materiais possuem uma tonalidade mais quente e escura.

Mobiliário e equipamento de usuário final

Mesmo que o edifício seja grande, há pouco mobiliário solto. Nós tentamos simplificar e padronizar a escolha do mobiliário e relacioná-lo com o projeto arquitetônico da edificação. Alguns produtores de mobília de qualidade foram escolhidos e as peças possuem um design contemporâneo limpo, que é clássico o suficiente para se tornar atemporal.

Paisagismo

A paisagem da Ópera compreende no telhado de mármore, áreas adicionais revestidas de mármore, e áreas entre a construção e as ruas que a circundam.

O acesso à praça e à entrada principal se dá através de uma ponte para pedestres revestida de mármore que atravessa o canal da Ópera. A praça faz parte de um passeio público e ciclovia que continua pelos lados oeste e sul da edificação, e eventualmente vão para uma ponte planejada sobre o rio Aker no leste.

Desde o início da proposta, Snøhetta sugeriu que o telhado deveria ser aberto para o público geral e que deveria ser revestido de pedra branca. Hoje a característica principal do edifício é a geometria do telhado conforme este se ergue do fiorde e é apresentado como um carpet sobre as áreas públicas. Uma jogada importante foi a de introduzir canais ao longo das bordas do telhado com rampas e degraus. Permitindo uma integração de balaustradas de regulação de altura na linha de aumento do próprio telhado.

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Detalhe

Para alcançar um volume de acústica o suficiente no auditório, o telhado foi erguido de forma independente, dentro da linha de balaustradas. Isso criou um novo ponto de observação do qual a cidade e o fiorde podem ser vistos. Os telhados são, na maioria das vezes, muito ingrimes para a cadeira de rodas mas, um acesso próximo as áreas superiores quase planas é providenciado por um elevador específico.

O tratamento da superfície da pedra, seu padrão, cortes e elevações que criam um jogo de sombras, foi desenhado em colaboração com os artistas. O mármore branco é "La Facciata" das pedreiras Carrara, Itália. A fachada norte e todo o revestimento de pedra que está em contato com a água é de um granito norueguês chamado de "Verde Gelo".

Protótipos e testes em escala real foram estudados nas instalações do empreiteiro antes das escolhas finais para a tonalidade da cor e textura da superfície serem feitas.

Durante o período da construção tornou-se claro que uma decisão rápida e considerável quanto ao nível do solo ao redor da edificação deveria ser realizada.

Grandes áreas de cascalho, que são projetadas para tirar o tráfego de veículos locais, foram estabelecidas em torno do perímetro da construção. Isso é fácil de ajustar, já que o chão afunda em relação ao edifício que é fundado sobre rocha. Árvores são plantadas nas áreas de cascalho, e uma zona de mobiliário urbano situa-se ao longo da linha do pavimento com estacionamento para bicicletas, bancos e postes de luz especialmente projetados em aço inoxidável. As calçadas são de asfalto com bordas pretas em granito e áreas maiores de pavimentação em granito, para destacar as entradas do restaurante, rua da ópera, e entrada do palco. A paleta de cor cinza escuro é um claro contraste com a pedra e o alumínio do edifício em si dentro de uma linguagem monocromática.

O paisagismo das áreas circundantes foi projetado em colaboração entre Snøhetta e Bjørvika Infrastructure, que têm sido responsáveis pelo planejamento da rua em torno da ópera.

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Detalhe

Pátio

O pátio é um jardim no meio de uma área de produção do edifício. Cercado por fachadas de vidro escuro, alumínio e madeira, e aberto para o céu. Há um acesso direto para o pátio a partir dos níveis do solo e do subsolo enquanto que os pavimentos superiores o experienciam como um pulmão verde no interior da edificação. Em frente às salas de ensaio com isolamento acústico no subsolo, a vegetação foi plantada de tal maneira que forma uma tela. O piso do pátio é uma composição de deck de madeira, mármore branco e áreas verdes. Uma escada com revestimento em mármore conecta os dois níveis. Grama, trepadeiras e vegetação perene são plantadas ao redor de grupos de cabos que chegam aos níveis superiores e providenciam sombra às fachadas.

Galeria do Projeto

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Localização do Projeto

Endereço:Bjørvika, Oslo, Noruega

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Cita: "Ópera de Oslo / Snohetta" [Oslo Opera House / Snøhetta] 22 Mar 2015. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/759855/oslo-opera-house-snohetta> ISSN 0719-8906

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